Volume 10

Vol. 10
 
História de Portugal, popular e ilustrada - Volume 10:
De ... até ...
 
Pág. 9 - Joaquim António Velez Barreiros
O retrato que aqui damos deste homem que tan­to figurou nas lutas da liberdade, e que mais tarde veio a ser elevado à dignidade de Visconde da Senhora da Luz, à feito sobre uma excelente litografia de Maurin, Lisboa 1857.
Pág. 13 - Manuel Pereira
Como claramente se lê na epígrafe que, no tex­to, acompanha este retrato, foi Manuel Pereira o soldado do 5° batalhão de caçadores que D. Pedro IV perto da hora da morte quis abraçar como para se despedir do exército português que o ajudara a implantar o regímen liberal em Portugal; é ele reproduzido de uma excelente litografia de Sendim que ilustra o notável opúsculo de António Feliciano de Castilho, Tributo à memória do Libertador, Lisboa,1836.
Pág. 17 - General Lemos
É por demais conhecida a brilhante biografia do general miguelista José António de Azevedo Lemos, cujo retrato aqui damos ampliado de uma antiga fotografia, para que dele nos ocupemos. O general Lemos nasceu na Maia em 1 de outubro de 1786 e faleceu em Lisboa a 16 de fevereiro de 1870.
Pág. 25 - Igreja de Santo Agostinho, em Leiria
Este templo, adjunto ao antigo convento dos Frades Agostinianos, hoje transformado em quartel, foi fundado pelo terceiro bispo de Leiria, D. Frei Gaspar do Casal, entre os anos de 1577 e 1384. A igreja é da irmandade do Senhor Jesus dos Passos.
Pág. 29 - Salvador Oliveira Pinto da França
Este distinto oficial do exército português, filho do 1º conde da Fonte Nova, nasceu na Baía em janeiro de 1822, e faleceu em 20 de abril de 1866. Figurou muito na política portuguesa, onde veio a ser ministro da guerra. É reproduzido de um retra­to existente em poder da família do ilustre homem público o que nós aqui damos.
Pág. 33 - Altar de N. S. da Graça, na igreja do ex-convento da Carnota
Ao sr. comendador Guilherme Carlos Henriques, actual proprietário da quinta da Carnota, e no­tável homem de letras, a quem todos devemos grande consideração pelo desinteresse com que de contínuo está publicando documentos interessantís­simos para a história do nosso país, como foram os Inéditos Goesianos e a Correspondência inédita do duque de Saldanha, agradecemos a fineza da fotografia que nos serviu para a reprodução da pre­sente gravura.
Pág. 37 - João Tamagnini de Abreu
Nasceu em Tomar no ano de 1801 e foi filho de António Florêncio de Araújo de Abreu e Andrada e de D. Ângela Tamagnini. Foi ainda novo para França onde recebeu esmerada educação, estando também alguns anos em Inglaterra. Voltando para Portugal no começo do governo de D. Miguel, e, declarando-se liberal, foi a sua cabeça posta a preço e a sua fortuna confiscada, tendo que andar fugido pelos matos enquanto não pôde emigrar para França. Durante os 6 anos que esteve emigrado prestou bons serviços aos seus compatriotas também como ele emigrados, e foi encarregado por M. G. de Miranda de fazer o recrutamento no Departamento da Normandia, dos franceses que vieram na expedição para o Porto. Por despacho de 11 de março de 1836 foi promovido no posto de tenente-coronel do batalhão da Guarda Nacional do Concelho de Tomar, prestando juramento no dia 26 do mesmo mês e ano. Em 21 de Abril de 1835 foi nomeado sub-prefeito interino da comarca de Tomar, tendo sido louvado pelo zelo com que se houve no desempenho do seu cargo, mormente por ocasião da remessa feita para Lisboa dos objectos de ouro e prata pertencen­tes aos extintos conventos do distrito e particular­mente dos da vila de Tomar, onde existiam alfaias preciosas. Extintas as Prefeituras e criados os Go­vernos Civis, foi Tamagnini de Abreu nomeado, por portaria de 21 de novembro de 1837, administrador do concelho de Tomar, lugar que desempenhou em quanto viveu, todas as vezes que no poder se reveza­vam os governos da sua facção política. Faleceu em Tomar com 60 anos de idade no ano 1860. É cópia de uma miniatura existente em poder da família o retrato que aqui damos deste vulto da nossa política liberal.
Pág. 41 - Bartolomeu dos Mártires Dias e Sousa
Este varão que tanto militou na política liberal portuguesa, sendo por várias vezes deputado e algu­mas vezes presidente da câmara, nasceu em Vila Nova de Constância, em 27 de julho de 1806, e veio a falecer em Lisboa a 17 de janeiro de 1882. O re­trato que aqui damos é reproduzido de uma excelente litografia do meado do século passado.
Pág. 45 - Lord George Hamilton Seymour
Este ministro da Inglaterra em Portugal figurou muito nos sucessos portugueses do meado do século passado, razão por que aqui damos o seu retra­to reproduzido de uma excelente litografia inglesa daquela época.
Pág. 53 - Ilha de S. Miguel - Ermida de Santa Bárbara, na Vila da Povoação
Gonçalo Velho Cabral, ao descobrir a ilha de S. Miguel, desembarcou num sítio a que se chamou a Povoação, e ali deixou alguns cativos que foram os primeiros colonizadores. Assim se justifica o no­me que ainda hoje conserva aquele sítio que é uma encantadora vila de 5.100 habitantes, sede de concelho e comarca. Quando desembarcaram os descobridores, ouviram missa, que foi dita pelo pároco da nau no lugar onde hoje está a ermida de Santa Bárbara que reproduzimos em gravura segundo um desenho do nosso colaborador artístico Dr. António Júlio do Vale e Sousa, que foi durante alguns meses delegado do Procurador Régio na comarca da Povoação. É muito interessante este desenho, visto que recorda o primeiro templo que se construiu na ilha de S. Miguel logo depois da chegada dos primeiros colonizadores. O templo primitivo tinha a mesma invocação de Santa Bárbara e estava situado no mesmo local. O que hoje aí vemos foi reconstruído depois dos tremores de terra de 1881, que tanto se fizeram sentir em S. Miguel e que fizeram ruir a antiga ermida. A ermida de Santa Bárbara fica numa iminência denominada Lomba do Carro, e do seu adro disfruta-se um surpreendente panorama. Aos nossos pés e ao fundo da Lomba, que tem uma ele­vação considerável, avista-se o núcleo de casas que constituem, por assim dizer, a vila, com a igreja de Nossa Senhora da Mãe de Deus, o largo da Praça Velha, onde fica a igreja de Nossa Senhora do Rosá­rio, que defronta com o mar que se estende numa grande superfície. Um pouco além veem-se as outras seis lombas, a soberba cascata do Pé do Salto, o Bairro da Caridade, numerosas estufas de ananases que emergem dentre uma vegetação luxuriante e os famosos picos dos Bodes e da Caldeira. E circundando este vastíssimo e pitoresco quadro, levantam-se as altíssimas montanhas cujos picos desaparecem sobre as nuvens, sendo um dos mais distantes o pico da Vara, que é o mais elevado de toda a ilha. Como já dissemos, o desenho que publicamos pertence à colecção do nosso colaborador artístico dr. Vale e Sousa que percorreu toda a ilha de S. Miguel, duran­te o tempo que ali esteve, tirando croquis do que ali viu de mais notável sob o ponto de vista da arte e da natureza e que destina a um livro que vai pu­blicar sobre essa esplêndida e magnificente região que é a ilha de S. Miguel. É a primeira vez que aparece publicada a vista da Ermida de Santa Bárba­ra, que hoje apenas tem importância histórica, pois que coisa alguma encerra de notável.
Pág. 57 - Conde do Bomfim
José Lúcio Travassos Valdez, 1º conde e 1º barão do Bomfim, nasceu em Elvas, a 23 de fevereiro de 1787, e faleceu em Lisboa, a 10 de julho de 1860. - Desembarcou, com o exército libertador, nas praias do Mindelo. Como capitão de uma companhia do Batalhão Sagrado, serviu, durante toda a luta da Restauração, sendo sempre considerado como solda­do valente e pundonoroso. Reproduz-se este retrato de uma litografia do meado do século passado.
Pág. 61 - José Estevão Coelho de Magalhães
Inútil nos parece dar notícia biográfica deste ilustre parlamentar, o mais inspirado dos oradores portugueses, depois de instituído o regímen liberal, e que tanto figurou na nossa História durante o período de que trata o presente volume. É copiado este retrato duma excelente gravura publicada num dos primeiros volumes da bela revista portuguesa O Occidente.
Pág. 65 - Quatro das colunas da casa de jantar de Salah-ben-Salah
Estas quatro colunas faziam parte das doze, que, quando D. João I tomou Ceuta, sustentavam a casa de jantar de Salah-ben-Salah, governador da praça. Com estas quatro colunas presenteou aquele monarca o convento da Carnota, no concelho de Alenquer, actualmente pertencente ao sr. comendador Guilherme Carlos Henriques, que obsequiosamente nos proporcionou uma fotografia para a sua reprodução.
Pág. 69 - Barão de Castelo de Paiva
António da Costa Paiva, 1º barão do Castelo de Paiva, homem de incontestável merecimento científico, pois que era bacharel formado na faculdade de filosofia, doutor na faculdade de medicina lente da Academia Politécnica do Porto, sócio da Academia Real, etc., etc., nasceu no Porto, em 1806, e faleceu na ilha da Madeira, em 1879. Era escritor distinto, tanto em Ciências médicas como em literatura, sendo, porém, mais apreciado como naturalista, ramo a que se dedicara com sério afinco. Morreu sem sucessão, deixando todos os seus haveres, que eram importantes, a estabelecimentos de caridade da sua pátria. Reproduz-se, duma bela gravura do Archivo Rural, o retrato que aqui damos deste distinto homem de ciência.
Pág. 73 - Bernardo Peres da Silva
Reproduz-se duma excelente gravura, em madeira, o retrato deste homem político, que figurou, co­mo deputado por Goa, em várias legislaturas parlamentares, e que veio ainda a ser governador da Índia. Encontram-se no Archivo Pittoresco, donde este retrato é copiado, apontamentos biográficos a seu respeito.
Pág. 77 - José Diogo Mouzinho de Albuquerque
Duma excelente fotogravura moderna, reproduzimos o retrato de José Diogo Mouzinho de Albuquerque, um dos vultos notáveis desta nobre família, a qual tem dado ao país membros tão ilustres, tanto nas armas como nas letras.
Pág. 85 - J. J. Lopes de Lima
É de uma bela litografia do meado do século passado que reproduzimos o retrato deste homem público, que tanto figurou nas lutas políticas de grande parte da primeira metade do século XIX. Foi cabralista decidido, e, como homem de confiança conde de Tomar, foi nomeado comissário régio para tratar da demarcação de linhas das possessões portuguesas e holandesas na Oceania. Parece que, neste encargo, cometeu, inadvertidamente, uma inconveniência que lhe deu em resultado ser demitido do seu lugar, e mandado recolher, preso, a Lisboa, onde não chegou, pois veio a morrer, de desgosto, em Batávia, a 8 de novembro de 1852.
Pág. 89 - Antigas muralhas da Porta do Sol, em Santarém
São sempre curiosas as antiqualhas portuguesas; e pois, como, ou pelo vandalismo dos homens ou pelo vandalismo do tempo, a maior parte do que tinha um tom de antiguidade histórica tem desaparecido, ou tende a desaparecer, é com prazer que reproduzimos este trecho de muralha, que assistiu, decerto, à tomada de Santarém pelas hostes do aguerrido lbn-Errik.
Pág. 93 - Frederico Leão Cabreira (visconde de Faro)
De uma fotografia, existente em poder da família deste homem, que tanto ilustrou o seu país, reproduzimos para aqui o seu retrato. Frederico Leão Cabreira de Brito Alvelos Drago Valente, assentou praça em 1816, passando a servi nos Estados Unidos da Índia, onde exerceu o cargo de lente de matemática na escola de Goa, e obrou serviços militares cor­respondentes aos seus postos, nos Estados Portugueses da Ásia e da Oceania. Regressando à Europa desempenhou comissões importantes de serviço público, subindo ao posto de general de divisão em maio de 1870. Foi deputado às cortes na legislatura de 1853, vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar, sendo reformado, no posto da sua patente, em 1872. Nasceu em Vila Real de Santo António, a 5 de julho de 1800, e morreu em Lisboa, a 31 de outubro de 1880.
Pág. 100 - José Maria da Silva
Foi filho de Anacleto José da Silva, negociante de grosso trato e matriculado na praça do Comércio de Lisboa, e de D. Gertrudes Valentina Ferreira da Silva. Nasceu em Lisboa, no dia 21 de dezembro de 1815. Foi comandante do batalhão da Carta, com o qual gastara avultada quantia, recebendo, pela extinção do dito batalhão, a carta de conselho, como ga­lardão dos seus serviços. Foi comendador das or­dens militares de Cristo e da Conceição, e teve o foro de fidalgo cavaleiro da casa real. Casou, a 2 de outubro de 1851, com D. Maria Cristina Guimarães, e faleceu a 1 de fevereiro de 1889. O seu retrato é cópia duma miniatura em marfim, existente na pos­se de seus herdeiros.
Pág. 101 - Ilha de S. Miguel - Igreja de Nossa Senhora do Rosário, na vila da Povoação
Fica à beira-mar, no largo da Praça Velha, e é um curioso espécimen de arquitectura micaelense. Como quase todos os templos de S. Miguel, é composta de três naves e tem altares de interessante talha. Depois da ermida de Santa Bárbara, é o templo mais antigo da Povoação, sendo o de Nossa Senhora da Mãe de Deus, que serve de matriz, de mais recente construção. Deste publicaremos no seguinte volume, tam­bém, um desenho feito, como este de que nos ocupamos, pelo nosso colaborador artístico dr. Vale e Sousa, que foi delegado de procurador régio na Po­voação, donde foi transferido para a comarca de Mogadouro, onde presentemente se encontra.
Pág. 105 - João de Mello Vasconcelos Pereira Vaz de Sampaio
Fundador da casa de Gouvães do Douro, foi moço fidalgo da casa real, sargento-mor e capitão dos voluntários de Trás-os-Montes, e grande caudilho do partido legitimista. Conhecia várias línguas e foi tido como um dos maiores políticos daquela província. Foi filho de António Pereira da Silva, fidalgo da casa da Boubeita, no Minho, e da terceira morgada de Dourcelo. Era conhecido, em Trás-os-Montes, pela antonomásia de Portugal Velho, e foi muito respei­tado pelos partidários de D. Miguel, sendo o escolhi­do para receber, na fronteira, D. Carlos de Bourbon, entrando com ele em Vila Real, sem incidente al­gum, e acompanhando-o até Viseu, onde teve de o deixar para voltar ao seu solar de Gouvães, onde a sua ausência estava prejudicando muito o partido. Casou com D. Maria Antónia de Moraes Correia do Amaral, da cidade de Braga, 3ª morgada da capela instituída em Lisboa, e faleceu em Gouvães, sendo sepultado no seu jazigo, na capella de Dourcelo. O seu retrato é cópia do único que existe, desenho a lá­pis, na posse dos seus herdeiros.
Pág. 109 - Santarém - Muralhas da Porta do Sol
Leia-se o que acima ficou dito, quando tratámos das mesmas muralhas, ou reproduzimos outro trecho em pág. 89 do presente volume.
Pág. 112 - Pelourinho de Aldeia Galega da Merceana
Esta povoação é muito antiga, pois com certeza já existia no tempo do conde D. Henrique. Teve antigamente o nome de Montes de Alenquer, que se não sabe quando foi substituído pelo actual, que já tinha em tempo de D. Manuel, que lhe deu carta de foral em 1 de outubro de 1513. Não temos dados para fazer a história do pelourinho desta povoação, que é, em verdade, delicadíssima obra de arte.
Pág. 116 - Conselheiro Manuel Maria Coutinho de Albergaria Freire
Nasceu este ilustre varão em Extremoz a 8 de novembro de 1799, sendo filho de Joaquim Manuel Coutinho Soares de Albergaria Freire e de D. Maria José de Castro Pimentel da Penha de França, vindo a falecer a 5 de março de 1875. O retrato que aqui damos é cópia de fotografia existente em poder de seus herdeiros.
Pág. 117 - Mirandela - Arco da antiga muralha da Rua de Santo António
Interessante desenho colhido pelo Dr. Vale e Sousa por ocasião da sua estada em Mirandela. É um curioso aspecto da muralha que cingia a pitoresca vila, com o seu arco pontiagudo, faltando a porta respectiva, mas vendo-se ainda ali as peças de cantaria em que giravam os gonzos. Bem digno é de ser arquivado este pitoresco recanto, que nos faz evocar a idade média e que em breve terá desaparecido, como aconteceu a outros da bonita vila.
Pág. 121 - Padre Manuel Cicouro
Reproduz-se de uma belíssima litografia o re­trato deste ilustrado homem da igreja, que tão po­pular se tornou no século passado, como educador, fundando um notável colégio para educação de rapazes, colégio que há poucos anos ainda se extinguiu, debaixo de outra direcção, mas conservando ainda o nome do seu benemérito fundador.
Pág. 125 - Igreja matriz de Alfarim
Esta igreja é da invocação de Nossa Senhora da Consolação ou do Castelo, e pertenceu à comarca de Setúbal. Não tem qualidades arquitectónicas que a recomendem, esta igreja, em compensação, está situada num ponto lindíssimo, na costa do Atlântico.
Pág. 129 - Uma distribuição imparcial
Apesar de vir um pouco tarde, porque só tarde chegou às nossas mãos a gravura original, não quisemos deixar de incluir na nossa História esta curiosa caricatura, bem como algumas gravuras alegóricas que adiante publicamos. Como na reprodução mal se vê a data e o local em que a litografia primitiva foi dada à estampa, aqui damos reproduzido o que na parte inferior, à esquerda nela se lê em inglês: «Published by T. M.c Lean, 26 Haymarket March 4th 1834».
Pág. 133 - António José Duarte Nazareth
Foi filho de António José Duarte Nazareth e de D. Ana de Jesus Nazareth, e nasceu em Coimbra a 18 de junho de 1817. Serviu nas alfândegas desde 1853 a 1875, tendo ido durante este período ao Rio de Janeiro como Cônsul-Geral por decreto de 16 de junho de 1862. Em 1875 foi nomeado administrador da Casa Real, cargo que desempenhou com inconcussa probidade. Era oficial-mor da Casa Real, Comendador de Gustavo Wasa da Suécia, da Rosa do Bra­sil, de Alberto Arimosus da Saxónia e Hohenzollern Sigmarigen; Oficial da Legião de Honra e de Leo­poldo da Bélgica e Grã-Cruz de Cristo, Conceição, Carlos III, de Isabel a Católica e da Coroa de Itália. Faleceu em Lisboa em 23 de setembro de 1892. - É cópia de fotografia existente em casa da família o retrato que dele aqui damos.
Pág. 137 - Gravura Alegórica à Constituição de 1820
A gravura original é invenção de Luiz António e foi esculpida por Constantino. Na parte inferior há as seguintes curiosas explicações que vão çom a própria pontuação, oortografia e gramática: «A Gratidão de Lysia. - Allegoria. - Nesta Allegoria, se deixa ver, Delio, patenteando ao Mundo, o Excelço Monarcha lusitano, collocado no centro de Hercules, e Minerva; que simbolisão, a Sciençia, a Virtude, e o Valor; e Lysia, dá graças ao Eterno, por ter inspirado tão Virtuoso, e Magnânimo Rey, a assestir aos justos desejos, dos seus Fedelissimos Povos, jurando a Sabia Constituição; fazendo com este rasgo, de Sabedoria e Magnanimidade, o seu nome memorável; Eterna e lmmortal a sua gloria, e a Ventura, e prosperidade, de todos os Povos dos trez Reynos-unidos, os quais prometem a dorállo, defendelo, e perderem contentes as vidas, para sustentarem o seu augusto Throno, e a sua Real, e sempre Gloriosa Dinastia; Ao lado da Lysia, está transcripta, a Se­guinte.»
Pág. 139 - A Câmara dos deputados em 1835
Reproduzimos este desenho duma curiosa gra­vura de A Guarda avançada dos domingos, nº 4, de 10 de maio de 1835. Traz como título Câmara ele­ctiva; e, em baixo acompanham-na as seguintes palavras, que reproduzimos por curiosas e por darem a medida da prosa do tempo: «Emquanto nesta arena civica os Deputados combatem, as Damas, como nos antigos tempos dos torneios, presidem, do alto da sua galeria, a estas lides sobre os destinos dos Po­vos. É assim que, nas ruinas dos amphitheatros ro­manos, vemos ainda hoje as alturas coroadas com os lugares das Divindades. Que alma de gelo deixará de se accender áquele aspecto no desejo de gloria e no amor da felicidade do seu paiz? Emquanto o Deputa­do representa os seus contemporâneos, as mulheres lhe devem trazer ao pensamento a posteridade: ellas a representam inteira.»
Pág. 141 - A. M. Vieira de Castro
Depois da brilhante biografia que de António Manuel Lopes Vieira de Castro, que tanto figurou na política portuguesa da primeira metade do século XIX, escreveu Almeida Garrett, e que se encontra nas várias edições que das obras do genial escritor publicou a Empresa da História de Portugal, ocio­so seria dar aqui notas biográficas acerca de tão notável vulto. Apenas explicaremos que o retrato que apresentamos é reproduzido da litografia que acompanha a primeira edição daquela biografia de Garrett.
Pág. 143 - João Rebelo da Costa Cabral
Foi este um dos três Cabrais, irmão de António e Bernardo da Costa Cabral, cujos nomes figuram por inúmeras vezes no decurso deste volume da história, bem como terão de figurar no volume que vai agora seguir. Este retrato é ampliado duma fotografia já fanada do ilustre homem público, em poder da família.
Pág. 145 - Gravura alegórica à Constituição Portuguesa de 1826
É cópia duma excelente litografia de 1826 desenhada em Paris por Domingos António de Sequei­ra, Pintor da Câmara de S. M. F, e estampada na Imp. e Lith. de Sennefelder et Cie. A epígrafe da litografia original é esta: «Pai de dous Povos em dous Mundos Grande!»
Pág. 149 - Luiz Augusto Rebelo da Silva
Não haveria aqui lugar para a biografia deste vulto notabilíssimo da literatura portuguesa do sécu­lo XIX. Remetemos o leitor, que deseje saber dados biográficos a seu respeito, para os excelentes ar­tigos do Diccionario Bibliographico de Inocêncio, do Diccionario popular histórico, etc., de P. Chagas, e para a notável biografia que vem na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil, donde fizemos copiar o magnífico retrato que o leitor tem em sua presença.
Pág. 157 - D. Fernando, 2º marido de D. Maria II
Há uma grande variedade de retratos de D. Fernando, e alguns bem melhores do que aquele que aqui reproduzimos; mas, para a cópia, preferimos um que o representasse na idade aproximada em que se consorciou com a rainha de Portugal; daí a escolha deste, feito sobre um desenho de Sendim e litografado em 1836 na oficina da R. Nova dos Mártires, em Lisboa.
Pág. 160 - Restos do Pelourinho de Mirandela
Das relíquias que nos legaram os séculos, os pelourinhos que simbolizam a jurisdição municipal são as mais interessantes e dignas de veneração, se bem que sejam os monumentos que menos tem poupado o ignaro camartelo municipal. Esse o motivo por que a História de Portugal tem envidado os maiores esforços para arquivar nas suas páginas o dese­nho desses antigos símbolos, uns já desaparecidos, outros em via de destruição. Consoante estas ideias, também a Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos Portugueses, na sua última sessão de 1904, aprovou as seguintes propostas: «Procurar por todos os meios ao seu alcance obter do governo providencias para que sejam conservados os pelourinhos ainda existentes, mandando até, quando as respecti­vas câmaras o não possam fazer, restaurar os que de isso precisem para que não desapareçam por com­pleto tais relíquias do passado». «Oficiar às câmaras municipais de Lanhoso e Lousada, chamando a sua atenção para o estado de ruína em que se encontram os seus respectivos pelourinhos, solicitando com empenho que restaurem e salvem duma com­pleta ruína esses símbolos da sua antiga autono­mia». O pelourinho de Mirandela era deveras interes­sante pela sua arquitectura e construção, como o indicam os fragmentos que dele existem e que são reproduzidos no desenho do dr. Vale e Sousa, que publicamos. Levantava-se no Largo defronte da Misericórdia de Mirandela, sendo destruído há bastantes anos. O nosso colaborador artístico dr. Antó­nio Júlio do Vale e Sousa que foi delegado do Procurador Régio na comarca do Mogadouro, visitando um dia a casa da Câmara de Mirandela, notou que, no pequeno jardim, sob uma profusão de plantas, existiam algumas pedras esculpidas que, juntamente com outras, formavam os canteiros do pequeno jar­dim anexo ao edifício. Fazendo-as desenterrar, re­conheceu serem os restos dum pelourinho, sabendo por investigações posteriores que faziam parte do que se elevava em outros tempos em frente à Misericórdia. Imediatamente o dr. Vale e Sousa tirou um croquis daqueles restos para a História de Portugal, aonde ficam arquivados para quem quiser um dia tentar a sua restauração, que é relativamente fácil, visto existir a parte principal, o capitel, que assentava sobre uma pedra de que se destacavam modilhões com carrancas.
Pág. 161- D. Patrício I - Cardeal-patriarca do Lisboa
Foi, como se sabe, um vulto ilustre da igreja lusitana, na primeira metade do século XIX. O retrato que damos é cópia duma litografia feita sobre de­senho do vivo, de Silva, Oeirense.
Pág. 165 - Visconde de Santa Marta
Manuel Gregório de Sousa de Sampaio, primeiro visconde de Santa Martha, nasceu em 29 de novem­bro de 1766, e faleceu em 21 de outubro de 1844. Em 1801 levantou para a guerra peninsular um corpo de infanteria de voluntários, na proximidade de Trás-os-Montes, pago, armado, fardado e sustenta­do à sua custa durante 15 meses. Foi um realista acérrimo defendendo sempre com entusiasmo a causa de D. Miguel. Reproduz-se de uma gravura da época o retrato que aqui damos.
Pág. 168 - Visconde de Monte Alegre
Francisco Pinto de Moraes Bacelar, terceiro visconde de Monte Alegre, nasceu a 18 de fevereiro de 1814 e morreu a 21 de fevereiro de 1838. Foi um dos mais notáveis oficiais do seu tempo. Conforme se lê na excelente litografia da época donde man­dámos copiar o presente retrato, «foi ele o primeiro oficial-general que à frente do regimento 24 mostrou aos portugueses que as leis chamavam ao trono o sr. D. Miguel.»
Pág. 169 - D. Francisco de Almeida - Conde de Lavradio
Este notável político, de cujos serviços à sua pá­tria a nossa História dá conta, nasceu a 13 de julho de 1796. Foi ele o enviado em missão extraordiná­ria à corte de Coburgo, para concluir o casamento de D. Maria II, com D. Fernando. O retrato que aqui damos é cópia de uma excelente litografia do princípio do século passado, desenho de Domingos António de Sequeira.
Pág. 173 - Barão de Palme
José Maria da Fonseca Moniz, 1º barão de Palme, nasceu em Moncorvo, a 20 de dezembro de 1794, e morreu a 2 de dezembro de 1862. Foi brigadeiro do exército, comandante da 3ª e 4ª divisões militares, comendador e deputado em três legislaturas. O retrato é copiado duma boa litografia da época.
Pág. 177 - José Carlos Pereira Guimarães
Nasceu em Lisboa; era filho de João Bonifácio Pereira Guimarães, negociante de grosso trato e de D. Maria do Carmo Jacobety Guimarães. Foi ajudante de ordens do marquês de Fronteira, achando-se em muitas batalhas da guerra civil, e sendo presente aos ataques feitos às linhas de Lisboa pelas tropas do in­fante D. Miguel. Faleceu em Lisboa, vitimado pela febre amarela, em 1856. O seu retrato é cópia dum feito a lápis, pertencente a sua única filha, existente no recolhimento dos Olivais, que no-lo emprestou para ser reproduzido.
Pág. 181 - Gaudêncio Fontana
Copiámos o retrato deste notável engenheiro português, que nasceu no Porto, em 1804, duma excelente litografia portuguesa do meado do século passado.
Pág. 185 - Pedro de Mello Breyner
Foi um dos dedicados liberais que não chegaram a ver implantado em Portugal o novo regímen, pois que, sendo preso, pelas suas ideias avançadas, em 26 de maio de 1828, e conduzido à praça de S. Julião, ali faleceu em 29 de dezembro de 1830, tendo nas­cido, em Lisboa, em dezembro de 1751. Prestou re­levantes serviços ao seu país. O retrato, que dele publicamos, é reproduzido de uma antiga litografia.
Pág. 189 - D. Carlos I (patriarca de Lisboa)
O retrato, que apresentamos, deste vulto português da igreja lusitana, é copiado duma excelente litografia, feita sobre desenho de Pedro António José dos Santos.
Pág. 192 - José Ferreira Pinto Bastos
Quem tiver lido com atenção este 10º volume da História de Portugal, deve ter notado a acção preponderante exercida por este homem na política do seu tempo; por isso, aqui damos o seu retrato, re­produzido duma litografia portuense de 1845.
Pág. 201 - José Augusto Correia Leal
De todos quantos conhecem a História do nosso país, durante as lutas da liberdade, não são ignorados os serviços prestados por este ilustre patriota, cujo retrato reproduzimos duma boa litografia do seu tempo.
Pág. 205 - Joaquim Rodrigues Chaves
Do conselho de sua majestade, secretário particular de D. Fernando, tesoureiro da Casa de Bragança, cônsul-geral de Saxe-Coburgo-Gotha. O seu retrato é copiado duma belíssima litografia da época.
Pág. 209 - Barão de Alcochete
Bernardo Daupias, 1º visconde e 1º barão de Alcochete, nasceu em Lisboa em 1782, e faleceu depois de 1856, de cuja data é a litografia que serviu de modelo para o retrato que apresentamos.
Pág. 213 - José Frederico Pereira Marecos
Poeta inspirado e funcionário público inteligente e talentoso, que, entre outros lugares notáveis, ocupou, com proficiência insigne o de administrador da Imprensa Nacional, em substituição de José Liberato Freire de Carvalho. Nasceu em Santarém em 29 de novembro de 1812 e faleceu a 27 de setembro de 1844. O retrato que aqui damos é reproduzido de uma litografia de Santa Bárbara, de 1846.
Pág. 220 - Marcelino Máximo de Azevedo e Mello
Foi conselheiro, cavaleiro da Conceição e comissário em chefe do exército. É copiado este retrato de uma litografia de Primavera, desenhado por J. P. dos Santos em Lisboa, em 1856.
Pág. 221 - José Leandro da Silva e Sousa
Fidalgo cavaleiro da casa real, nasceu em Coim­bra a 27 de fevereiro de 1783. Juiz de Fora da Ilha das Flores em 1807. Ouvidor das Ilhas de Cabo Ver­de em 18_1. Desembargador da relação da Baía com exercício na do Maranhão em 1819. desembargador da relação do Porto em 1824. É cópia este retrato de uma litografia de Correia.
Pág. 224 - Paulo Midosi
Foi, no dizer de um dos seus biógrafos, um daqueles dignos e austeros cidadãos que fundaram entre nós o regímen liberal e que não recuaram nem diante das tribulações do cárcere, nem diante das tribulações do desterro sempre que tratava de levantar bem alto a sua bandeira, de pugnar pelos princípios que justamente reputava sacratíssimos. Nasceu em Lisboa a 22 de julho de 1790 e faleceu a 19 de janeiro de 1858. O retrato que damos é cópia de uma litografia de Maurin, sem data.
Pág. 225 - Conde de Torres Novas
E não marquês, como erradamente se lê na epígrafe que acompanha o retrato, copiado de uma fotografia, de corpo inteiro, de F. A. Gomes. Chamava se José de Vasconcelos Correia, era segundo conde daquele título, nasceu em Torres No­vas em 31 de agosto de 1804, e faleceu no Porto a 19 de junho de 1883. Foi comandante das guardas municipais, general de divisão, grã-cruz e comendador de várias ordens portuguesas e estrangeiras.
Pág. 229 - Cabeçalho de um hino patriótico, publicado em 1837
Por ser muito curioso, ter todo o cabimento em uma publicação da ordem da História de Portugal, e se ter tornado de há muito raro, publicamos este interessante cabeçalho, que, no exemplar que possuímos, é seguido de uma espécie de quebra-cabeças, formado por estes dois versos: Vossa Lealdade e União / Nos deu a Constituição. // No reverso traz a música; noutra página, resto da música e mais 7 quadras, além da que vem a acom­panhar a música. Este Hino «é dedicado aos três ilustres campeões das liberdades portuguesas e às tropas fiéis de todas as armas e mais cidadãos patriotas, que lutaram nos memoráveis dias de 9 e 10 de setembro, 4 e 5 de novembro de 1836, pela Constituição de 1822, em 18 de janeiro de 1837, por R. L».
Pág. 237 - Caetano Maria Ferreira da Silva Beirão
Foi um médico notabilíssimo, que, por causa das suas ideias políticas, pois era legitimista, teve de lutar contra a má vontade dos governos liberais para conquistar os lugares a que o seu inegável mereci­mento científico lhe dava incontestável direito. - Só muito tarde conseguiu que esse merecimento lhe fos­se reconhecido, e foi, portanto, condecorado com várias mercês honoríficas. Nasceu em Lisboa, em 22 de março de 1807. O retrato que dele damos é cópia de uma excelente litografia do meado do sé­culo XIX.
Pág. 240 - Conde da Carreira
Luiz António de Abreu e Lima, 1º conde da Carreira, que tanto figurou na política portuguesa durante as lutas liberais, e, ainda mais tarde, durante os reinados sucessivos de D. Maria II, D. Pedro V e D. Luiz, nasceu em Viana do Castelo, em 18 de outubro de 1787, e morreu em Lisboa, a 18 de feverei­ro de 1871. O retrato que dele damos é ampliado duma fotografia, de corpo inteiro, dos últimos anos da sua vida.
Pág. 245 - Simão Infante de Lacerda de Sousa Tavares
Moço fidalgo, com exercício, por alvará de 10 de abril de 1821; 2º barão de Sabroso, por decreto de 10 de fevereiro de 1835; comendador da Ordem de Cristo, cavaleiro da Torre e Espada, Cristo, Aviz e Conceição; condecorado com a medalha de ouro de quatro campanhas da guerra peninsular, brigadeiro (general) do exército, pertencendo à arma de cavalaria, do conselho de S. M., e governador-geral do Estado da Índia, tendo sido o 1º governador militar e civil que no regímen constitucional e no reinado da senhora D. Maria II, em 1836, se nomeou para aquele estado, aonde morreu a 14 de outubro de 1838, tendo apenas 45 anos de idade. A sua morte foi devida a uma desastrosa queda, por se ter volta­do a sua carruagem, e de que resultou quebrar um braço. Em 1828 emigrou para França, donde passou para Inglaterra e daí para a ilha Terceira, vindo a Portugal com a expedição do imperador D. Pedro IV. Nas linhas do Porto e de Lisboa houve-se com brio e valor, que sempre o distinguiram. Conta José Liberato Freire de Carvalho, nos seus Annaes (vol. Ill, fi. 228), que, espalhando-se no Porto o boato de estarem os realistas do sul em Avintes, e próximos a entrarem na cidade, aproveitando a ausência do exército liberal em Ponte Ferreira, e chegando o go­vernador da cidade, aliás excelente oficial, a julgar-se perdido, Simão Infante partiu para Avintes, sem um único soldado, a verificar o facto com risco de vida. Voltou dali com a segurança de ser falso o boato e conseguiu serenar os ânimos na cidade. - Sendo comandante do regimento de lanceiros da Rainha, e depois da guerra civil de 1834, foi encarregado, pelo imperador o senhor D. Pedro IV, para le­var, ao porto de Sines, o ex-infante senhor D. Miguel, entregando-o a bordo da fragata inglesa Stag, a 1 de junho de 1834, tendo desempenhado, não sem graves riscos, esta importante comissão. (Vide Annaes, de José Liberato Freire de Carvalho, vol. III, fl. 323, e História da Guerra Civil, por Simão José da Luz Soriano, tomo V e fis. 331 e 332).
Pág. 253 - António José da Silva
Copiamos o retrato que aqui damos deste ilustre varão português, falecido em fevereiro de 1840, de uma boa litografia de 1822.
Pág. 256 - Francisco Soares Caldeira
Barbosa Colen, neste décimo volume da História, diz o suficiente deste vulto notável da política portuguesa, para que tentemos aqui acrescentar algu­ma coisa. Copiamos este retrato duma interessante litografia, por baixo da qual, além do nome, se lê: «Administrador geral do distrito de Lisboa, deputa­do às cortes extraordinárias
Pág. 261 - António Pereira dos Reis
Este tão falado político português nasceu em Ourem a 10 de maio de 1804, e morreu em Lisboa a 19 de abril de 1850. Foi um dos 7500 do Mindelo e acompanhou o partido liberal era todas as suas vicissitudes, prestando-lhe valiosos serviços. Copiámos este retrato de outro da época, de Guglielmi, litografado por Manuel Luiz.
Pág. 264 - José de Sousa Bandeira
A biografia deste notável jornalista da época, que escrevia no Periódico dos Pobres sob o pseudónimo de Barbeiro, pode ler-se no notável Diccionario Bibliographico de Inocêncio. O retrato que dele damos é copiado duma boa litografia de Lima feita sobre desenho de Alves.
Pág. 269 - António de Azevedo Mello e Carvalho
Jurisconsulto notável nascido em Penafiel em 11 de março de 1795. Metendo-se na política veio a ser ministro da justiça em 1842, e ministro do reino em 1847. Faleceu em fevereiro de 1862. O retrato que aqui damos é cópia duma litografia de Santa Bárbara, de 1844.
Pág. 273 - Bernardo Gorjão Henriques da Costa
O retrato que aqui damos deste vulto da política liberal portuguesa é cópia duma excelente litografia de L. Maurin, do meado do século passado.
Pág. 285 - João Francisco Garcia Moreira
Segundo a nota que copiámos da litografia de Santa Bárbara, de 1840, donde copiámos este retrato, foi este Garcia Moreira natural de Setúbal, o que mais se entranhou nos sertões da África ocidental, fundador e 1º governador de Moçâmedes em 1840.
Pág. 296 - Barão da Folgosa
Jerónimo de Almeida Brandão Sousa, primeiro barão da Folgosa, fidalgo cavaleiro, comendador, negociante de grosso trato de Lisboa, abastado proprietário e capitalista, tesoureiro geral da Alfânde­ga das Sete Casas, etc.; nasceu em Mortágua em 30 da setembro de 1801 e morreu em Lisboa a 10 de julho de 1848. Este retrato é feito sobre uma litografia de Santa Bárbara, «mandada extrair do daguerreótipo por sua saudosa filha D. Júlia Sophia Brandão e Sousa, 15 de julho de 1848
Pág. 301 - Frederico Torlades Pereira de Azambuja
É feita sobre uma litografia de Sendim es­plendidamente executada o retrato que aqui damos deste vulto da política portuguesa. O retrato em questão traz na parte inferior estes três versos em latim: Litteris queis colunt, clarissimo de multiscio / Civibus de cive, amicis de pio Amico / Infortunatis de optimo suo tutore. //
Pág. 305 - Paulo Romeiro da Fonseca
Nasceu este vulto da política portuguesa, cujo retrato copiámos duma litografia do meado do século passado, em 7 de abril de 1807 no lugar do Sanguinhal no concelho de Óbidos. Eleito deputado em 1857 e 1858 entrou com acerto em várias questões e o distrito votou-lhe agradecimentos e louvores pelo modo como se houve na questão dos arrozais. Faleceu em Tagarro a 24 de setembro de 1859.
Pág. 309 - Parte interior da igreja matriz de Reguengos do Fetal
Apesar de não apresentar primores de arte, é tão singela e tão atraente na sua simplicidade esta igrejinha de Reguengos do Fetal, que, como se sabe, pertence ao concelho da Batalha, que não resistimos ao prazer de aqui reproduzirmos a boa fotografia que dela nos mandou o sr. Tito Benevenuto de Larcher, de Leiria, que tanto se tem inte­ressado pela ilustração desta nossa edição da História de Portugal.
Pág. 312 - José Ferreira Pestana
Lente de matemática na universidade de Coim­bra, conselheiro de estado, ministro e secretário de estado, governador geral do Estado da Índia: cremos serem dados suficientes para que este retrato, copiado de uma litografia de Santa Bárbara, de 1844, fi­gure na nossa galeria de varões portugueses.
Pág. 317 - Conde de Rio Maior
João de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Sousa, 5º conde de Rio Maior, nasceu a 18 de setembro de 1817 e faleceu a 27 de agosto de 1872. Foi par do reino, comendador e grã-cruz de várias ordens, ajudante de ordens do duque da Terceira, durante a campanha de 1833; governador civil de Coimbra, etc., etc. O seu retrato é cópia de uma litografia de 1851.
Pág. 325 - Arcângelo Fuschini
Distinto pintor português, filho de Francisco Fuschini, pintor italiano, nasceu em 29 de março de 1771 e faleceu em 4 de abril de 1834. O retrato que aqui damos é cópia duma litografia de 1835, feita sobre um retrato desenhado pelo própio Fuschini
Pág. 333 - Vicente Ferrer Netto de Paiva
Ilustre jurisconsulto português, nascido em Frei­xo nos últimos anos do século XVIII e aí falecido com perto de 90 anos em janeiro 1886. Seguiu com entusiasmo o partido liberal, e, estabelecido o gover­no constitucional, por várias vezes subiu aos conse­lhos da coroa. O seu retrato apresenta-o como ele era em 1841, data da litografia donde o mandá­mos copiar.
Pág. 337 - Agostinho Albano da Silveira Pinto
Médico, economista e escritor português, muitas vezes citado neste 10º volume da História, e que terá de ser ainda mencionado nos volumes subsequentes, porque muito figurou na política portuguesa no período de que tratam estes dois volumes. Nas­ceu no Porto, em 17 de julho de 1785, e faleceu em Águas Santas (Porto), a 18 de outubro de 1812. O retrato que damos reproduzimo-lo de uma litografia, de Fonseca, dos últimos dias da sua vida.
Pág. 341 - Joaquim José Falcão
Distinto estadista português, do século XIX. Nasceu em Lisboa, a 14 de abril de 1796; entrou activamente na política depois de 1834, ocupando, por várias vezes, lugar nos conselhos da coroa. De 1849 em diante, abandonou por completo a política mili­tante, sendo nomeado administrador da casa de Bragança, e morreu, quase completamente esquecido, a 6 de junho de 1863. O seu retrato é copiado de uma excelente litografia, que no-lo apresenta vestido com a farda de coronel do 1º batalhão móvel.
Pág. 345 - António Júlio de Frias Pimentel
Foi vulto muito considerado no funcionalismo português do meado do século XIX. Foi conselheiro de estado e do Supremo Tribunal de Justiça. Mandámos copiar o seu retrato duma boa litografia, de Santa Bárbara, de 1843.
Pág. 349 - O brigadeiro Leandro José da Costa
Figurou muito nas lutas portuguesas de 1828 a 1834, motivo por que aqui damos o seu retrato, copiado de uma bela litografia do meado do sé­culo XIX.
Pág. 353 - António Joaquim Guedes de Oliveira e Silva
O retrato do marechal de campo Oliveira e Silva cuja biografia se encontra disseminada pelos anais militares, é cópia duma excelente litografia, de Michellis, do meado do século XIX.
Pág. 365 - Joaquim José Dias Lopes de Vasconcelos
O retrato que aqui damos deste conselheiro de estado extraordinário, vogal efectivo do conselho do Ultramar, etc., é reproduzido duma belíssima litografia de A. Correia, Porto, do meado do século XIX.
Pág. 369 - Bernardo Pinto de Araújo
Damos o retrato deste ilustre oficial da marinha portuguesa, do princípio do século XIX, cópia duma excelente litografia, que encontrámos na cele­brada colecção de livros brancos existente na Biblioteca Nacional de Lisboa.
Pág. 377 - A. B. Costa Cabral
Deste célebre vulto da política portuguesa do século XIX, dá-nos brilhante notícia Barbosa Colen, no decorrer deste décimo volume da História, que promete prolongar-se pelo décimo primeiro, o que nos evita que dele tratemos nas presentes notas, limi­tando-nos a dizer que é reprodução duma fiel litografia, de Guglielmi, o retrato que aqui damos de António Bernardo da Costa Cabral.
Pág. 385 - Diogo Pereira Forjaz de Sampaio Pimentel
Doutor e lente de direito na Universidade de Coimbra, deputado às cortes em algumas legislatu­ras. Nasceu em Coimbra em 2 de outubro de 18_8; ignoramos a data do seu falecimento. O retrato que dele damos é reproduzido de uma litografia de Legrand, de 1845.
Pág. 397 - Manuel Ferreira de Seabra Mota e Silva
Poeta português do princípio do século XIX; nas­ceu em Coimbra em 1703, formou-se em cânones, e em 1808 por ocasião da restauração em Portugal, livre do domínio francês, escreveu, recitou e publicou várias poesias; em 1815 traduziu e publicou a Zaira de Voltaire. Com o nome arcádico de Elmano Colimbriense publicou várias poesias. Em 1826 foi despachado juiz de fora do Funchal, e, seguindo os postos da magistratura, foi despachado em 1835 desembargador da relação do Porto. Em 1841 foi deputado às cortes e morreu entre 1860 e 1870. O retrato donde copiamos o que aqui damos é reproduzido de uma Litografia de 1847.
Pág. 413 - José Joaquim de Almeida Moura Coutinho
Para se avaliar da brilhante figura que fez este ilustre militar na sua época, basta reproduzir da litografia donde copiámos este retrato, litografia de Santa Bárbara, 1847, os dizeres que a acom­panham: «Ao lllmo Exmo Sr. José Joaquim de Almeida Moura Coutinho, do Conselho de S. M., Fidalgo da sua real casa, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Cavaleiro da Ordem de Cristo e da antiga e muito nobre ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito, capitão do extinto regimento de Voluntários da Rainha, Nossa Senhora D. Maria II, desembargador da Relação de Lisboa, e deputado pela província do Algarve às Cortes gerais de Nação, nas duas legisla­turas de 1843 e 1846, no dia 5 de março de 1847, seu aniversário natalício, em perpétuo testemunho de gratidão, oferecem os emigrados do Algarve.»
Pág. 417 - Conde de Peniche
Dom Caetano José de Noronha e Albuquerque, 1º conde de Peniche, conselheiro de Estado, ministro de D. João VI, par do Reino, veador de D. Carlota Joaquina, etc., etc. Nasceu a 29 de agosto de 1753. O seu retrato é reproduzido duma antiga litografia, existente na Biblioteca Nacional de Lisboa.
Pág. 421 - Parte exterior da igreja matriz de Reguengos do Fetal
Veja-se o que atrás dissemos, na pequena noticia que acompanha a vista interior da mesma igreja.
Pág. 425 - D. António da Visitação Freire
«Cónego regular de Santo Agostinho, professor de História e de Geografia nas reais escolas de S. Vicente de Fora, em Lisboa, sócio da Academia Real das Ciências e da Sociedade Marítima da mesma ci­dade. Faleceu em Lisboa no dia 4 de março de 1804 cinco meses antes de haver completado 34 anos da sua idade». - Isto se lê na litografia de Legrand, 1843, donde copiámos o presente retrato.
Pág. 429 - Eduardo de Faria
Autor, tradutor e editor português duma actividade pasmosa e de uma inconsciência talvez mais pasmosa ainda, que deixou da sua vida vestígios muito singulares, e cuja biografia pode ser lida a pág. 267 do 5º vol. do Diccionario Popular de Pinheiro Chagas. Nasceu em Lisboa em 1823, e morreu em Inglaterra a 10 de setembro de 1860. É muito pouco conhecida a sua fisionomia pelo que damos aqui o seu retrato feito sobre uma litografia do tempo, de L. Maurin.
Pág. 437 - Conde de Arcos
D. Manuel de Noronha e Brito, 3º conde dos Arcos, par do reino, gentil-homem da câmara de D. João V, tenente-coronel de infanteria, nasceu a 28 de fevereiro de 1792 e faleceu a 19 de abril de 1841. Reproduz-se o seu retrato de una excelente litografia existente nos Livros Brancos da Biblio­teca Nacional de Lisboa.
Pág. 441 - Conde da Praia Grande da Vitória
Teotónio de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara Ponce de Leão Homem da Costa Noronha Borges de Sousa e Saavedra, 1º conde da Vila da Praia da Vitória e 1º visconde de Bruges, nasceu em Angra do Heroísmo a 25 de abril de 1807. Fidal­go da Casa Real; membro do governo que se formou nas ilhas dos Açores de 1828; coronel das extintas milícias; coronel do batalhão dos voluntários da Rainha em 1812; deputado em 1834; par do reino, etc., etc. Faleceu em 25 de outubro de 1870. O retrato que damos é reprodução de fotografia existente em poder da família.
Pág. 445 - Manuel Inocêncio dos Santos
Músico notável, nasceu a 23 de agosto de 1805. Estudou com Fr. José Marques, tornando-se bom organista. Escreveu algumas óperas e um Te Deum a 4 vozes. O seu retrato é cópia de uma antiga litografia.
Pág. 453 - Padre João Cândido de Carvalho (Rabecão)
Foi uma das figuras políticas mais originais do seu tempo. Nasceu em Castelo de Vide em 1803, e faleceu da febre amarela em 1857. O apelido de Rabecão proveio-lhe de ser esse o nome de um jor­nal político que publicara em 1846. Para a sua biografia veja-se o que vem no Diccionario Popular histórico, etc., de Pinheiro Chagas. O retrato é cópia de uma Iitografia de Palhares, contemporânea do Padre Rabecão.
Pág. 457 - Joaquim António Farinha
De uma miniatura existente em poder de seus herdeiros, damos o retrato deste valente militar, que tanto figurou nas lutas políticas do princípio do século XIX em Portugal.
Pág. 477 - D. Francisco de Almeida (Ajudante de ordens de Saldanha)
No decorrer da História terá o seu autor que se ocupar deste distinto militar, o que nos inibe de darmos aqui outra qualquer notícia. Contentar-nos-emos em justificar a autenticidade do retrato aqui apresentado, que é cópia duma linda miniatura exis­tente em poder de sua família.
Pág. 489 - João António dos Santos
Escritor português, nascido em Lisboa, a 3 de janeiro de 1791 e falecido nesta capital a 18 de fe­vereiro de 1837. Para a sua notícia biográfica, veja-se o Diccionrio Bibliographico, de Inocêncio, o Diccionario Popular Histórico e Geographico, de Pinheiro Chagas, e ainda os Ensaios Poéticos, de João António dos Santos, onde vem a biografia escrita pelo próprio autor, e o retrato em litografia, donde copiámos o que aqui damos. Esse retrato é de Sendim, do próprio ano da morte do au­tor, e tem esta nota: «Sendim del. em 1837, do Vivo, no estado de doença».
Pág. 497 - António Manuel da Fonseca (Pintor)
Notável pintor português de pintura histórica, nascido em Lisboa a 27 de setembro de 1796 e falecido, com 94 anos, em 4 de outubro de 1890. Para dados biográficos veja se o Diccionario, de Inocêncio; o Dictionnaire historico-artistique, de Raczinsky, e o livro, há poucos anos publicado, por Sousa Viterbo, Notícia de alguns pintores portugueses. O retrato foi copiado duma excelente fotografia existente em poder da família.
Pág. 505 - D. Carlos de Mascarenhas
General português, nascido a 1 de abril de 1803, e falecido a 3 de maio de 1861. Da parte que ele tomou nas diversas lutas políticas do seu tempo, dilo-á o volume décimo primeiro da História, quando tratar do período da Regeneração. O retrato foi co­piado duma litografia do meado do século pas­sado.
Pág. 513 - Barão das Laranjeiras
António Manuel de Medeiros da Costa Canto e Albuquerque nasceu a 2 de maio de 1816, ignorando nós a data de seu falecimento. Foi deputado em várias sessões legislativas. O seu retrato é cópia duma litografia da época.
Pág. 521 - James Forrester
José James Forrester, barão de Forrester, foi um dos estrangeiros que mais interesse tomaram pelas coisas portuguesas, pois que acerca de Portugal fizera vários trabalhos, de que podem tomar conheci­mento os que se entregarem a estas curiosas inves­tigações. James Forrester nasceu na Escócia a 27 de maio de 1809, e morreu afogado no Rio Douro em 12 de maio de 1867. Reproduzimos o seu retrato de outro que veio publicado no Archivo Pittoresco.
Pág. 529 - Luiz António Rebelo da Silva
Pai do distinto escritor e estadista, Luiz Au­gusto Rebello da Silva. Foi membro das cortes constituintes de 1821, e figurou muito na política liberal do seu tempo. Nasceu em 1782, e morreu fulminado por uma apoplexia em 23 de abril de 1845, em plena câmara, depois de ter falado naquela ses­são. O retrato que aqui damos é copiado de uma miniatura, que amavelmente nos foi facultada, pelo seu neto, o digno par do reino sr. Luiz António Re­belo da Silva.
Pág. 541 - Duque de Ávila e Bolama
António José de Ávila, 1º duque de Ávila e Bolama, nasceu a 8 de março de 1808 e morreu em Lis­boa a 5 de maio de 1881. Neste volume décimo nos são narrados os primórdios da sua vida política, da qual, no decorrer do volume subsequente, se dará completa notícia. O retrato que aqui damos é copiado de uma excelente gravura de 1860 publicada na interessantíssima Revista Contemporânea de Por­tugal e Brasil.
Pág. 545 - Joaquim António da Silva
Sábio professor da Escola Politécnica de Lis­boa, nasceu em Lisboa a 18 de abril de 1830 e faleceu em 10 de agosto de 1860. Prometia ser um dos mais notáveis homens de ciência da sua pátria, se a morte o não viesse arrebatar tão cedo. Para a notícia da sua vida e obras veja-se o Diccionario Popular Histórico, etc., de P. Chagas, e a Revista Contempo­rânea de Portugal e Brasil, donde mandámos copiar o retrato que inserimos na nossa História.
Pág. 549 - José Eduardo de Magalhães Coutinho
Lente da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, e deputado às cortes nos anos de 1853 a 1856. Nasceu em Évora a 24 de outubro de 1815. A sua biografia, escrita na maior parte por ele próprio, e o resto por Andrade Corvo, acha-se na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil, tomo I, donde copiámos o retrato que aqui publicamos.
Pág. 553 - João Cristino da Silva
Distinto pintor português, nasceu em 24 de julho de 1829, e faleceu, antes dos 48 anos de idade, em 12 de maio de 1877. Nunca pôde revelar o grande talento, de que era dotado, pelas condições apressadas e sempre más em que fazia os seus trabalhos, no di­zer do autor que traçou a sua biografia no Diccionario Popular Histórico, etc., de Pinheiro Chagas. O retrato que aqui damos é inédito, pois o copiámos de um antigo retrato a óleo, feito pelo próprio ar­tista, e hoje em poder de seu filho, João Cristino da Silva, que é também um pintor muito distinto, e com cuja amizade muito nos honramos.
Pág. 561 - Visconde de Juromenha
João António de Lemos Pereira de Lacerda, 2º visconde de Juromenha, nasceu a 25 de maio de 1807. Trata da sua vida e escritos o sr. Brito Aranha em sucessivos artigos no Occidente, desde o número 307 ao 313. O retrato que aqui damos é reprodução de uma fotografia dos últimos anos da sua vida.
Pág. 569 - Morte de D. Pedro IV
Apesar de vir um pouco tarde, achamos tão curio­sa a litografia representada pela nossa gravura, que não hesitámos em reproduzi-la. A litografia original tem em baixo, como notícia bibliográfica, o seguinte: «N. Muaurin delin. - Z. de Maurin, rue de Mezières, 7, Paris, chez Bulla, rue Saint-Jacques, 38». Como epígrafe, traz as seguintes notas curiosas: «D. Pedro regente de Portugal, sentindo aproximar-se a sua última hora mostrou a mais admirável resignação. Mandou chamar sua augusta filha D. Maria e lhe recomendou a observância da Carta como seu único porto de salvamento, também fez vir à sua presença os ministros e alguns soldados velhos e disse a um destes: Vem cá, quero abraçar-te e agradecer-te os teus nobres serviços. Diz aos teus camara­das que sinto não poder apertá-los todos contra o meu coração, para lhes provar quanto os amo e me honro de haver combatido com eles para salvar a pátria
Pág. 577 - A. P. Lopes de Mendonça
Célebre e infeliz escritor português, nasceu a 14 de novembro de 1826, e morreu doido em 8 de outubro de 1863. Acerca da sua vida e obras leia-se o Diccionario Bibliographico, de Inocêncio, Sob os Cyprestes, de Bulhão Pato, Diccionario Popular histórico, de Pinheiro Chagas e a Revista Contempo­rânea de Portugal e Brasil, onde vem o retrato donde copiamos o que o leitor tem em sua pre­sença.
Pág. 581 - D. Maria Peregrina de Sousa
Escritora portuguesa, justamente apreciada co­mo romancista e poetisa, nascida a 13 de fevereiro de 1809. A sua biografia, escrita por Castilho e tecida em grande parte de excertos de cartas particulares da biografada no tomo III da Revista Con­temporânea de Portugal e Brasil, vem acompanhada de retrato, do qual reproduzimos este que ilustra o décimo volume da nossa História.
Pág. 597 - D. José de Lacerda
D. José Maria de Almeida e Araújo de Portugal Correia de Lacerda, apesar de padre, lançou-se entusiasticamente na política militante do tempo, mostrando-se partidário acérrimo e exaltado do cartis­mo, ao que Barbosa Colen já se refere neste décimo volume da História de Portugal. Nasceu no Porto, a 25 de maio de 1803, e faleceu em Lisboa, a 25 de fevereiro de 1877. Copiámos este retrato de uma litografia sua da época.
 
Vol. 10